Gensou Sangokushi: Tengen Reishinki é a minha terceira (e última, graças!) bomba da temporada. Se você ainda não leu as outras duas, deixo o link por aqui de Dolls’ Frontline e Futsal Boys!!!!!.
Você, leitor dos textos da Cúpula, não sabe bem como nosso processo de produção textual funciona, então vou dar o olhar da versão beta dos nossos textos.
Sim! Estou há mais de meia hora com os olhos na tela, sem saber exatamente sobre o que escrever ou o que vi. Normalmente, não sou a única. Esse bloqueio criativo, deveras comum, atinge a todos aqui, em dado momento da escrita.
Após duas falhas de assistir anime, já discriminadas acima, eu estou exausta. Até para assistir foi difícil. Às vezes eu parava no meio dos episódios para tomar um cafezinho. Gensou Sangokushi não foi muito diferente. Talvez tenha sido o menos pior dos três, mas ainda assim não acredito que valha muito o seu tempo.
Por PIEDADE, CLEMÊNCIA e SIMPATIA a essa autora que vos escreve, leiam esse texto!
- Gênero: Fantasia, Histórico
- Estúdio: Geek Toys
- Material: Jogo
- Onde assistir: Funimation
- Novos episódios: Terças
Aparentemente, Gensou Sangokushi é inspirado em um clássico chinês
E isso explica bastante coisa, a começar pelo nome dos personagens, que eu não consegui gravar nenhum! Das duas, uma: ou estou com problemas de memória, ou realmente os nomes são complicados. Ainda uma terceira: costume com nomes em japonês.
Seja qual for a dificuldade de memória envolvida, posso pelo menos mandar uma sinopse daquelas que eu sempre faço, até porque a sinopse oficial não ajudou muito. Saca só.
A história de Gensou Sangokushi: Tengen Reishinki é ambientada durante o período dos Três Reinos na China, onde vários senhores da guerra e seus exércitos tentam conquistar e unificar a nação. As lutas desses poderosos heróis marciais atrai a atenção do Rei Mouryou, o monstruoso soberano dos espíritos malignos, que deseja prolongar o conflito e destruir o mundo humano.
Para se opor ao mal do Rei Mouryou, uma organização chamada Tengen forma exércitos anti-Mouryou que lutam por toda a China, mas quando o 6º corpo anti-Mouryou é subitamente dizimado, um grupo de aventureiros se reúne para substituí-los e formar o novo corpo anti-Mouryou.
RESUMINDO: Não dá pra entender nada.
Na real, sendo bem sucinta, vamos modificar essa sinopse aí. Temos um grupo de exorcistas de demônios. Essa é bem fácil de entender.
Só que esses demônios se alimentam de todos os sentimentos RUINS da humanidade. Quando um ser humano é consumido por esses sentimentos, o demonhão se apossa dele. E aí entram os heróis.
Então, por mais incrível que pareça, NÃO É UM ISEKAI!
Mas nem parece tão ruim assim…
E, à primeira vista, realmente não é. Na verdade, a gente já viu algumas premissas relativamente parecidas em algum momento da vida que se deram bem.
Inclusive, vale ressaltar que uma das componentes do grupo é uma menina meio-humana e meio-demônio, que usa o poder dos demônios contra eles. Já viu algo parecido? Certeza que sim.
Eventualmente, vejo algumas pessoas criticando histórias que têm a mesma premissa, mas que tiveram grande sucesso, alegando que é um enredo simples demais para tanto alarde. Bem, eu poderia até concordar, se a história fosse apenas a premissa dela.
Anime é animação. Tudo o que está envolvido no audiovisual faz parte: um bom storyboard, bons animadores, boa direção, boa fotografia. Junte tudo o que há de melhor em um enredo não tão bom assim e faça uma história incrível!
CLARO, não estou falando isso para diminuir, de forma alguma, mangakás e a história que eles escrevem. Mas apenas enfatizando que o processo de animação pode potencializar uma obra (ou, pelo contrário, acabar com tudo o que ela tem de bom).
E o que exatamente falta em Gensou Sangokushi?
Tudo! Como já pudemos perceber, uma boa premissa é nada além disso, uma boa premissa. Ela não sustenta os demais pilares que fazem um bom anime ser o que é.
Entre diálogos malfeitos e personagens que não têm um pingo de carisma, a tal ação inspirada no clássico chinês não tem nada de clássico. Se colocarmos lado a lado com Heike Monogatari, que tem inspirações históricas fortíssimas, parece um desenho grotesco de uma criança de três anos.
Para não dizer que nada se salva, a menina-demônio é a única que possui alguma técnica de empatia envolvida, porque contam o passado dela.
Contudo, ainda asssim acaba não se salvando. O ritmo da história corre a passos de lebre, e você não tem tempo de digerir nada. 5 segundos apresentando o protagonista, mais 5 apresentando o outro personagem, mais 5 explicando todo o panorama político… você entendeu.
É informação demais desperdiçada e potencial demais jogado fora a troco de nada.
Dentre os três animes que eu assisti, por mais incrível que pareça, vejo que esse seria o que mais teria base para ser uma boa história. Inclusive acho interessante a ideia de se combater algo intangível, como sentimentos.
Mas não se iluda. Em três episódios, não vemos nada além de um grupo de bonecos lutando com demônios sem nenhum tipo de aprofundamento. Não chega a ser interessante o suficiente para prender, nem ruim o suficiente para odiar.
Finalizando as primeiras impressões de Gensou Sangokushi
Com o visual que tem, pela capa e tudo o mais, ninguém esperava nada sensacional. Nossas expectativas já eram baixas, mas [insira aqui palavrões].
No entanto, ele me impressionou: 1. não sendo um isekai; 2. tendo uma premissa razoável. Se isso é o suficiente pra você assistir, então vai fundo.
Se essas duas observações não são suficientes, então não veja. A menina-demônio tem carregado o anime nas costas, quase capengando, morrendo de lombalgia.
Sei que o esquema de notas da Cúpula já acabou, mas a nota é dó. Na minha mente inventei milhares de roteiros diferentes, e já ficou bem mais legal.
Você me contrataria para ser sua roteirista? Deveria. Enfim, espero que você NÃO goste de Gensou Sangokushi, mas goste da minha Regrade3 e volte aqui para concordar comigo. Eu fiquei foi com MUITO sono assistindo, então deve ser bom mesmo pra dormir.
De qualquer forma, volte aqui e deixe seu comentário! O roteiro de Gensou Sangokushi é inacessível, mas o nosso não. A Cúpula é um espaço democrático (e todo mundo tem o direito de estar errado). Até logo!